quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Saudades de um Patrimônio

"-Você pode juntar as estruturas de Flamengo, Fluminense e Botafogo que não chegam na do Vasco". Dizia o então técnico cruzmaltino Renato Gaúcho em 2007. Pois bem, no ano seguinte mudou-se a direção do clube e o que vemos em comparação no patrimônio naquele tempo pra hoje em dia?

O Vasco desde a década de 1970 lutou na justiça pela utilização do Centro de Treinamentos Almirante Heleno Nunes. Uma vitória muito aguerrida que veio em 2006. Num local próprio o Vasco construía o seus primeiros campos no qual pode ser visto no vídeo abaixo. Dali cresceram pro futebol: Thalles, Allan, Luan, Alex Teixeira, Souza, Alan Kardec, Philippe Coutinho, entre outros. Hoje quando passamos por lá vemos apenas um terreno com gramas altas inutilizável.

                         Centro de Treinamento Almirante Heleno Nunes em 2006  

Philippe Coutinho e Alex Teixeira, do Vasco-Barra para o mundo.
Fotos e vídeo: Paulo Fernandes
Enquanto a base vascaína seguia plantando frutos que o clube colhe até hoje, anos antes em 2002, o então Fla-Barra passou a se chamar Vasco-Barra. Mais uma vitória extra-campo contra o arqui-rival. Um local de ótima estrutura, no qual se pagava R$80 mil por mês. Infelizmente o clube foi despejado no fim de 2011 e hoje em dia paga-se o dobro pra treinar no campo do Zico.



Hotel em São Januário

Dentro de São Januário o clube possuía um Hotel-Concentração utilizado pelos jogadores profissionais, o que evitava altos custos em hospedagens fora do clube.

Esse era o Vasco deixado em junho de 2008. Com sede náutica, sede do Calabouço e parque aquático funcionando. Muros, ginásios, colégio, água, alimentação e acompanhamento médico para a base. Tudo em troca de uma bananeira. 


Penta-campeão mundial Edílson nas águas azuis do Vasco-Barra.
Fotos e vídeo: Paulo Fernandes


terça-feira, 9 de setembro de 2014

Morrison Existiria em 2014?

Jim Morrison, figura lendária dos Doors, como muitos sabem fez história no rock mundial com suas letras, performances e originalidade na química entre os demais músicos, estes: Ray Manzarek (teclado e voz), Robbie Krieger (guitarra) e John Densmore (bateria). 

Sei que o mundo mudou, as informações musicais são infinitas e descartáveis, mas você já parou pra pensar como seria a vida de Jim com os pensamentos dos dias atuais?

Vamos supor, que na época, por volta do fim de 1966, Morrison, nascido na Flórida, estivesse em Los Angeles cursando seu curso de de cinema em Los Angeles, onde conheceria o tecladista Ray Manzarek. Este encantado com seu poema "Moonlight Drive" entre outras letras, se interessaria, e teria junto com Jim a idéia de formar uma banda.

Ray e Jim. Conseguiriam eles montar os Doors hoje em dia?

Logo nos primeiros passos, à procura dos demais integrantes, de cara chamariam um baixista. Vamos inventar aqui, um tal de Geddy Peart. Mostrariam um esboço da música e receberiam a seguinte resposta: "-Po... legal o som, mas to sabendo que os Beatles não vão mais tocar ao vivo. Montei uma banda cover deles pra tocar com uma galera. Eles tem contatos em uns barezinhos, que dá pra descolar uma graninha na noite. Mó galera curte!". 

Descartada a idéia do baixista, Ray assumiria por ele mesmo os teclados. A próxima etapa seria um guitarrista. Indicariam pra eles um chamado Robbie Krieger. Sabe qual seria o feedback? "-Po.. até queria levar um som com vocês, mas o Jerry Lee Lewis voltou a tocar, e farei um teste pra fazer uns shows com ele no Canadá. Nem curto muito ele, mas a grana vai ser boa". Daí, Robbie seguiria seu destino como free-lancer pro restante de sua vida.

Sem dinheiro pra pagar músicos, Jim e Ray continuariam na árdua missão em simplesmente em montar um grupo autoral. Afinal, eles eram ninguém no meio musical. Continuando na caminhada, eles conheceriam um baterista, que conhecia muitos artistas, meio que famosinhos, já da cena rock anglo-saxônica. Após receber o convite, este em seguida falaria. "-Po.. irado Jim. Curti mesmo o som, tô à fim, mas já estou com muitas bandas. To tocando com Allman Brothers, Janis Joplin, Bluesbreakers, Buddy Guy e ainda estou de sub do Charlie Watts nos Stones. Se rolar de ensaiarmos somente uma ou duas vezes por mês acho que rola. Tô à fim sim!".

Chega a soar cômico, mas acho que hoje em dia ficou assim. Isso só para montar uma banda. nem to contando o depois, que é encarar os produtores, gravadoras que não investem mais, concorrência, falta de espaço pro rock na mídia, entre outros percalços. Só mesmo muito amor e vontade de fazer música. Digo isso em termo mundial, não me venha com essa de "Aqui no Brasil é assim, lá fora é diferente...". 

Vamo em frente! 

"A loucura é a energia da criação!"