Dilma Libre

Esta semana a presidente do Brasil, Dilma Rousseff visitou Cuba, onde se encontrou com o presidente Raúl Castro e também com com o herói revolucionário Fidel Castro. O que mais me chamou atenção foi que por parte da imprensa brasileira, em focar as manchetes sobre a blogueira Yoani Sánchez, que já obteve o visto de Dilma para vir ao Brasil, mas espera a autorização do governo de Cuba para sair do seu próprio país.


Noticiaram durante a semana toda neste assunto, em vez de mostrar o principal acontecimento que são as negociações entre Brasil e Cuba. Entre elas a instalação de empresas farmacêuticas brasileiras em Cuba e o fechamento de parcerias com empresas públicas cubanas para a produção de remédios. 

Dilma Rouseff e Raúl Castro em Cuba
Foto: Roberto Stuckert Filho/Presidência da República

Por quê tanta preocupação e ódio contra a ilha caribenha?! Quando Dilma se encontrou com Obama, alguém da mídia pediu pra presidente perguntar sobre os bombardeios americanos no mundo árabe? Que causa mortes de milhares de pessoas inocentes? Alguém pediu pra Dilma criticar a crise econômica espanhola no encontro com a União Européia? Mas quando foi à Cuba martelaram pra falar sobre direitos humanos.


Brasileiro geralmente tem bom relacionamento com pessoas de todo o mundo, e não tem porque o nosso país deixar de se relacionar com qualquer outro. "Não temos preconceitos de nenhuma ordem. É uma característica do Brasil". Disse Dilma. 


Por isso antes de meter o malho em Cuba, país de medicina de ponta e que fornece educação para sua população, a imprensa deveria dar importância a miséria nos demais países da América Latina. Consequentes dos governos elitistas durante a história. Olhem pra El Salvador, pra Bolívia, pra Guatemala, entre outros. Países em que vivem até hoje a Ditadura da Fome.