terça-feira, 18 de junho de 2013

E os R$0,20?

"Não são só vinte centavos". O slogan criado por grande parte dos protestos atuais que tomaram conta das ruas das principais capitais do Brasil deu pra entender que foi o fim de uma bolha insatisfatória estourada da população. Mas nos diversos protestos começaram a aparecerem os interesses e as diversas ideologias diferentes, tendo cada um seus objetivos.

Primeiramente o gancho diferente maior foram os altos gastos públicos nos estádios para a Copa do Mundo, mas nas milhares de pessoas também se ouviu e viu cartazes de "O povo não é bôbo, abaixo a Rede Globo", a corrupção, a repressão da polícia, revolta do vinagre, os xingamentos contra Alckmin e Haddad em São Paulo e Paes e Cabral no Rio, o pessoal do PSOL e os militantes do PSTU, que sonham com a revolução socialista pra dar um jeito nas desigualdades sociais do país, e por fim até o "Movimento Punk" foi citado pela Globo News, além inclusive da presença de lideranças religiosas. 

Nem o Funk Carioca foi poupado dos protestos no Rio de Janeiro.

Hoje mesmo o Ministro Gilberto Carvalho citou: "Não tem um comando único, portanto se torna difícil compreender, de entendimento e de multiplicidade das manifestações internas". Disse o Ministro ao G1 reconhecendo que o transporte coletivo necessita de melhorias. 

Não foram várias ideologias diferentes em torno de um foco tipo as "Diretas Já" e o impeachment no "Fora Collor", e que no fim chegou-se ao sucesso de um mesmo objetivo. Todos estes protestos atuais tiveram início com o Movimento do Passe Livre, que ainda luta contra o aumento das tarifas de ônibus, mas que até o momento não chegou-se à um acordo. A água está rolando.

Então muito fala daqui e dali mas até agora não cortaram os vinte centavos, a meta inicial. De qualquer forma, não há como não parabenizar ao povo que foi na rua, afinal, no Brasil vivemos numa democracia e cada tem o direito de protestar. 

É então esperar as cenas dos próximos capítulos, pois a Copa está só começando...

Faixa contra o aumento das passagens em São Paulo.

sábado, 15 de junho de 2013

O Bônus do Sabbão

Fui nesta semana na rua atrás do tão esperado novo disco 13 do Black Sabbath, que após anos e anos de espera reunia três dos quatros membros originais da banda (Ozzy, Iommy e Buttler). Quando cheguei na primeira loja só havia a versão standart com as oito músicas do cd. Estava a procura da deluxe que incluía um cd bônus com mais três faixas inéditas, mas este havia esgotado. O vendedor disse que chegaria dois dias depois, talvez, quem sabe, no dia seguinte. 

Uma situação difícil, pois já estava com o disco na mão, era só pagar e levar pra casa e ouvir. Mas não, eu resolvi sabiamente esperar. No dia seguinte achei em outra loja e com um preço até mais acessível. Valeu à pena, gostei do disco, mas posso dizer que o melhor está nas faixas bônus do novo Black Sabbão. A faixa "Methademic" é sensacional, pra mim a mais vibrante do disco! Pesado e agressivo como nos meados dos anos 70. 


13 versão deluxe. Vale a pena pagar cinco pratas à mais.


Gostei bastante das oito demais. Um Black Sabbath mais cadenciado inspirado no início da carreira. "End Of The Beginning" lembra a música que leva o nome do grupo que abre o primeiro disco de 1970. A ótima "Zeigeist" pode ser chamada de uma versão moderna de "Planet Caravan" do álbum Paranoid. Enfim, muito bom o 13!

O baterista Bill Ward realmente fez falta, afinal foi desta química entre os quatros, que o Sabbath conquistou os roqueiros do mundo. Mas uma coisa acertaram em cheio, chamaram Brad Wilk do Rage Against The Machine pra gravar a bateria do 13. Tocou sem firulas e com ataques e viradas nas horas e medidas certas. Wilk honrou a linha da banda. Uma pena ele também não estar na turnê deste ano com os mestres.

Mister Geezer Buttler detona no baixo, sendo citado por Ozzy nos créditos como melhor baixista do mundo. Tony Iommy, rei dos riffs, usou distorções na medida em solos e o stereo como antigamente, com a guitarra isolada num dos lados em alguns momentos. Em algumas horas achei que o grave do baixo de Buttler se sobressaiu a mais que a guitarra. Enfim, são os moldes atuais.

Ozzy Osbourne, que se sentiu feliz como nunca nessa reunião fez um bom trabalho no 13, porém em alguns videos recentes que vi no youtube achei que não está com a mesma performance de palco. Digo isto sem querer comparar, pois vi o Heaven & Hell com Dio em 2007 e 2009 fazendo shows em alto nível.
13 de outubro de 2013. Ingresso na mão!

Mas Ozzy é Ozzy, carisma sem igual. Estou contando os dias para assistir no dia 13 de outubro na Apoteose (e com Megadeth!!). E no fim aguardar os sinos que abrem e fecham essa fantástica historia dos inventores do Heavy Metal.



        Claro que na internet já tem tudo. Mas tem a mesma graça do que ir na loja?