segunda-feira, 14 de maio de 2012

Na Patada Do Prog

O Rock Progressivo brasileiro, no caso o carioca, em grande grande parte de sua história quase sempre manteve-se vivo paralelamente ao restante do mundo musical.  Levando-se em conta a música divulgada e transmitida pelos meios de comunicações. 


Seguindo firme neste patamar, que pode se chamar de "gueto" do rock, em 2009 foi formada a banda Blue Mammoth. 


Arte da capa do disco da banda Blue Mammoth
O quarteto composto por André Micheli (teclado e voz), Julian Quelodran, (baixo), Thiago Meyer (bateria) e Cesar Aires (guitarra) lançou recentemente o seu álbum homônimo. Quatorze faixas divididas em cinco temas do mais puro rock progressivo clássico. O disco foi gravado no Rio de Janeiro, no estúdio de Julian, baixista do quarteto, o qual o blog A Costeleta teve a oportunidade de entrevistar.



A Costeleta: Como foi o processo de criação, gravação e realização do primeiro disco do Blue Mammoth?

Julian: Fazia tempo que pensava em produzir um disco como este. Em 2009 comecei a parceria com André Micheli, nesse momento começou o grupo Blue Mammoth.

O disco foi totalmente produzido no meu estúdio. Enquanto fazíamos a pré-produção arregimentamos os músicos, quando chegou a hora de gravar já tínhamos a banda montada e o repertório pronto. O processo foi muito rápido e trabalhoso, tendo o resultado em mãos vejo que valeu o esforço.

Quais as influências de cada músico para a banda?

Julian: Muitas coisas! De modo geral somos bastante receptivos, mas o denominador comum é o rock, com ênfase no progressivo e o hard rock dos anos setenta. Cesar gosta das bandas prog dos 90, aquela turma do Neal Morse e Ronnie Stolt; Thiago escuta muito Genesis, Triumvirat e Beatles; André simplesmente não consegue passar um ensaio sem falar de Deep Purple; Eu citaria o Gentle Giant no meu caso.

Blue Mammoth em ação com o baixista Julian Quelodean ao centro.
Foto: Divulgação


Como você vê a cena atual do Rock Progressivo Brasileiro?

Julian: Acho que houve alguma cena ate os anos 90 que foi dissipado com o passar do tempo (pelo menos aqui no RJ). Hoje não há uma cena de rock prog na cidade, embora conheça algumas pessoas tentando reverter o panorama.


O quê é preciso fazer para adquirir o disco do Blue Mammoth?

Julian: Em nosso site temos os pontos de venda do cd. Link: http://www.bluemammothband.com/progrock3c_BuyCD.php 

Deixe uma mensagem para o público do Blue Mammoth:

Julian: Estamos trabalhando bastante na divulgação do disco e em material novo pro segundo, acompanhe o mamute em www.bluemammothband.com  ou  www.facebook.com/bluemammothband



                             Ouça Resurrection Day do Blue Mammoth

sábado, 5 de maio de 2012

Pela Espinha Dorsal



Dorsal Atlântica de volta em 2012
Foto: Sérgio Filho
“Os alemães irão receber a guerra de aniquilação que tanto procuraram, e serão exterminados." 


A ambição no discurso de Joseph Stalin durante uma das batalhas mais sangrentas da história da humanidade, a de Stallingrado em 1941, pode ser remetida ao desejo que tantos amantes do metal brasileiro querem para o místico ano de 2012.

Depois de 22 anos separados, a formação clássica da banda carioca Dorsal Atlântica (Carlos Lopes no vocal e guitarra, Cláudio no baixo e Hardcore na bateria) se prepara pra realizar o que tantos metaleiros procuraram nestes últimos anos: A reunião de volta para o lançamento de um novo álbum do trio.

Fora das pretensões, regras e formatos de gravadoras, o Dorsal Atlântica resolveu apostar na vontade e sonho de seus fãs e arrecadar um total de R$40mil para as despesas gerais de realização de seu novo disco. Quem cooperar terá seu nome gravado no encarte. O video e link abaixo mostram o procedimento. 


Link:  http://catarse.me/pt/projects/659-novo-cd-da-banda-dorsal-atlantica#updates


                                                              Video da campanha


O blog A Costeleta conversou com o líder Carlos Lopes (ex-Vândalo):

A Costeleta: Neste início de campanha, qual foi a reação do público do Dorsal em relação à reunião do grupo em lançar um novo disco? O resultado vem te satisfazendo até o momento?

Carlos: O público da Dorsal está nos apoiando exponencialmente, as porcentagens duplicam dia a dia e até o momento a meta semanal está sendo atingida. Crowdfunding é um sistema de realização de projetos, financiado pelas pessoas, sem intermediários.  A data limite para que o apoiador invista na produção do CD é 10 de junho de 2012. Se até essa data, se o valor total não for arrecadado, o CD não será produzido. De 40 mil, um valor subfaturado, 27,5 % são do imposto de renda e 12% do site Catarse. Os valores de contribuição cobrem todas as despesas relativas à gravação e prensagem do novo CD da Dorsal Atlântica. As diversas opções de investimento estão disponíveis no site catarse.me, conforme o link acima.

Os fãs podem esperar um disco remetendo as raízes da banda ou vem por aí alguma novidade sonora musical além do tradicional?

Carlos: Se o CD existir, será um trabalho de homenagem aos fãs. Uma das músicas, que talvez feche o disco, ou seja enviada como bônus, é um hino que agradece aos fãs pelo empenho durante a campanha. Mas tudo isso só se tornará realidade se alcançarmos o valor total até o dia 10 de junho. 

A inspiração para o novo trabalho vem dos nossos primeiros LPs entre 1986 e 1990, gravados pela mesma formação que participa da campanha. As músicas estão sendo escritas há dois meses, desde que o projeto foi pensado. As letras falam sobre guerra (tema do nosso primeiro LP) e sobre questões humanas (exatamente como as letras do segundo LP).  O que deve ficar claro é que esse não é um disco saudosista, mas um trabalho que espelha o nosso passado, com a força do presente e as lições que aprendemos na vida e na estrada. 


Carlos, neste período “afastado” do metal, com seus outros trabalhos, você curtiu algo no Heavy Metal, seja no Brasil ou no exterior?

Carlos: Acompanhei profissionalmente, por assim dizer. Fui produtor e apresentador do programa Puro Metal na Rádio Venenosa FM do Rio durante alguns anos e pesquisei bastante para ter um programa dinâmico. Como jornalista musical, durante mais de uma década, quem mais me chamou a atenção foi o System Of A Down. Eu precisava de um bom tempo para respirar, para poder me recompor e conseguir olhar para o estilo sem tantas cobranças. Pense bem, se eu me cobrava para ser mais criativo, escrever melhor, ousar, obviamente eu também cobrava isso das bandas e eu não via isso. Houve um desinteresse, pois a cena prega muito pelo continuísmo e a Dorsal nunca foi uma banda que se repetisse, que pregasse a estatização do pensamento, o cerceamento da liberdade. 

Ao longo de toda a história, como você vê o tratamento dado pela mídia ao Dorsal Atlântica?

Carlos: Sempre foi excelente, tanto a mídia segmentada como a externa. Fizemos várias matérias na Rede Globo, Manchete, Jornal o Globo, Folha de São Paulo, Revista Veja, MTV, e ao mesmo tempo éramos figuras constantes em grandes revistas especializadas como a Rock Brigade e a Roadie Crew e em todos os zines de xerox. Íamos de A a Z, de Z a A.

Caso o planejamento do novo disco dê tudo certo, você estará animado para realização de novos shows?

Carlos Lopes com Joaquim de Castro.
Foto: Paulo Fernandes/A Costeleta
Carlos: Se as propostas forem bastante profissionais, pensaremos no assunto com muito carinho. Como disse algumas vezes, a campanha do novo CD teve início de fato, quando a produção do 'Metal Open Air', o mal fadado festival que não ocorreu no Maranhão e que contava com um cast de dezenas de bandas fabulosas, nos pediu que fechássemos uma das 3 noites do festival e nenhuma outra banda brasileira foi convidada para fechar uma noite. Nos disseram que a abertura para a Dorsal Atlântica, seria feita pelas bandas Exodus e Anthrax. 99% das bandas brasileiras aceitariam na hora, mas eu disse não porque não havia cachê. 

Quem mereceria mais? O Dorsal de 1985 ter participado do Rock In Rio I ou o Dorsal de 2012 no tocar no próximo Rock In Rio IV?

Carlos: Apresentar-se em festival é uma questão empresarial. Não se engane. Nós tocamos no festival Monsters of Rock em 1998 no estádio do Pacaembu com Manowar, Saxon, Glenn Hughes, Megadeth , Savatage, Slayer e Dream Theater porque duas revistas brasileiras fizeram uma campanha e arrecadaram 30 mil assinaturas de fãs pedindo que tocássemos. Graças a esse volume absurdo de fãs na época em que a internet ainda estava engatinhando, a produção do festival nos procurou e disse que estávamos dentro, sem termos que pagar, mas já que a escalação estava fechada, deveríamos tocar antes do festival começar. Foi uma aventura. Em 1985 estávamos lançando nosso primeiro vinil, Ultimatum (que está sendo relançado agora em 2012, também em vinil) e éramos carta fora do baralho. 

Houve uma enquete feita por uma grande revista brasileira, na qual fomos escolhidos pelo público, como uma das atrações mais esperadas para o Rock In Rio II. Aquela sim, seria a nossa chance, mas éramos ingênuos, não tínhamos empresários, e assim nossa chance se foi. Agora se a Dorsal tocará no próximo Rock In Rio, isso depende dos fãs fazerem a história agora pelas próprias mãos, até o dia 10 de junho e contribuírem para que o nosso CD, que de fato é o CD de todos, o CD do povo se torne realidade. Os fãs agora precisam fazer história e quebrar barreiras, acabar com o marasmo e o continuísmo.

Títulos do novo álbum do Dorsal Atlântica até o momento:
Dorsal em breve novamente em estúdio
Foto: Sérgio Filho
-Meu Filho Me Vingará 
-Stalingrado
-Operação Brother Sam 
-Jango Goulart
-Eu Minto, Tu Mentes
-Todos Mentem
-O Retrato De Dorian Gray
-Corrupto Corruptor
-Colonizado / Entreguista
-A Invasão Do Brasil
-168 Bpm
-Imortais

quarta-feira, 2 de maio de 2012

No Lanús

Guilherme, formado na base do Vasco entorta os argentinos.
Foto: Site Oficial do Vasco
Vasco e Lanús se reencontram logo mais nesta quarta-feira (2/05) em São Januário, após quase cinco anos  numa competição continental. Naquela oportunidade na Colina Histórica, uma vitória vascaína maiúscula por 3x0 que deu à classificação para as quartas-de-final da Copa Sul-Americana. 

A vaga, naquele ano de 2007, foi obtida de forma emocionante com um gol de Leandro Amaral no fim do jogo, pois os vascaínos precisavam vencer por 3 gols de diferença. O próprio Leandro e Wagner Diniz foram os autores dos outros dois gols. Aquela vitória, inclusive, foi a última vascaína sobre times argentinos em sua história. 


Será que este jogo servirá de inspiração para logo mais pelas oitavas da Libertadores?

                       Gols da goleada de 3x0 do Vasco sobre o Lanús em 2007