sábado, 1 de julho de 2017

AC/DCover 10 anos!

(Bem... antes de tudo, talvez só quem entenda os nomes das histórias citadas abaixo são integrantes, fãs, ou pessoas ligadas ao AC/DCover. O maior tributo ao AC/DC do Rio de Janeiro. Por ser uma banda do underground do rock carioca achei aqui mesmo no blog, pra ficar registrado, como a melhor maneira de contar a história dos primeiros 10 anos da banda, que vão de 2007 à 2017).


AC/DCover foi formado pelos guitarristas e
irmãos Castro e está na estrada desde 2007
(Clique nas imagens para ampliá-las)



Julho de 2007, os irmãos Paulinho e Fabrício de Castro retornaram ao Rio de Janeiro de uma viagem à Escandinávia, na qual foram curtir o Sweden Rock Festival para assistir Motörhead, Heaven & Hell, Scorpions entre muitas outras do rock pesado. Na bagagem uma guitarra Les Paul e um baixo Epyphone Allen Woody para um objetivo de montar uma banda cover de Motörhead. Porém nos primeiros ensaios não conseguiram se ajustar com o baterista e a idéia não vingou muito.


Dvd que uniu os formadores
do AC/DCover


Junto com os instrumentos veio o Dvd "Family Jewels" do AC/DC, o qual Paulinho foi assistir com os amigos na casa de seu vizinho Guillermo. Entre eles estava Dudu "Scott", o qual junto com Paulinho tinham um desejo antigo de montar um tributo à banda australiana dos irmãos Young. Na empolgação do vídeo, tomando umas e outras, resolveram com o também presente Allyson Campos formar ali mesmo banda.

Primeiro show à vera do AC/DCover
foi no Audio Rebel em Botafogo.



Na mesma hora Paulinho ligou para o seu irmão para fazer junto as guitarras. O lance dos irmãos guitarristas era um ótimo ponto. Não se tem conhecimento de nenhuma outra inclusive. Dudu seria o vocalista, Allyson o baterista, e convidaram Bruno Lima, baixista do Tatubala, conjunto autoral de Paulinho de Castro, pra fechar o time. Os primeiros ensaios foram no exótico MB Studio, na Rua Ministro Viveiros de Castro, em Copacabana.

Paulinho, o "The Devil" do AC/DCover
tocando Highway To Hell no Heavy Duty
A idéia inicial era tocar somente as músicas da fase Bon Scott, e o primeiro set list a ser ensaiado foram com as seguintes: Gimme A Bullet, Jailbreak, Rocker, Whole Lotta Rosie, T.N.T, Sin City, Girls Got A Rhythm, Highway To Hell, Overdose e Problem Child.

Dudu Scott, primeiro vocalista





Faltava o nome. De início pensaram em Bad Boy Boogie, mas Fabrício veio com a idéia do trocadilho "AC/DC+Cover" e ficou então: AC/DCover. Paulinho tinha uma guitarra SG antiga, improvisou um uniforme colegial do Angus, um boné e foram em frente.

Primeiro flyer virtual
A primeira apresentação foi num churrasco de amigos, mas o primeiro show de verdade foi na Audio Rebel, em Botafogo, com a banda BR-101 abrindo a noite. Allyson, Paulinho e Fabrício se articulavam na tarefa de arrumar lugares para a banda tocar. O Heavy Duty e o Saloon 79 foram uns dos primeiros locais a abrirem as portas no início do AC/DCover naquele ano de 2007. 



O Zeca, dono do Heavy Duty dizia: "-Vocês fazem show de verdade! Não é como qualquer bandinha que chega aqui e só toca não. Quebram tudo P....!". Comentário alusivo à uma apresentação emblemática, quando no fim do show, durante a música Rocker, a caixa de som caiu lá de cima do palco, e em seguida ainda quebraram (por acidente) uma das luzes de neon que decoravam o bar. Isso após, o próprio Zeca já ter estourado os ouvidos do público entrando no salão com sua Harley Davidson e ter posto fogo no palco com seu lança-chamas.
Com Renato Gralha nos vocais em 2008

Um início empolgante. Porém Dudu, não era de fato um músico, nunca havia tido qualquer contato com banda e nenhum tipo de estudo com a música. Formou o grupo apenas pelo seu amor ao AC/DC. Também não era muito fã de compromissos. Não que faltasse algum, mas não gostava. Então resolveu ele próprio deixar o grupo.



No Concepcione em Vila Isabel
Para o seu lugar veio Renato Gralha, o "Véio Scott". Já cascudo e experiente no assunto AC/DC, o qual inclusive já possuía uma banda tributo, a Riff Raff. Completou os shows daquele ano e ficou em 2008 no grupo, onde tocaram, além do HD e Saloon, no Concepcione Pub (em Vila Isabel), Palácio do Rock (Madureira), Bar do Frank (Olaria) e Néctar (Vargem Grande). Mas em meados daquela época retornou exclusivamente ao seu grupo de origem Riff Raff. 


Marcus Soró, cinco anos de AC/DCover

Ficou-se então um vazio no AC/DCover à procura de um frontman. Na época colocaram anúncio no Orkut. Até terem a resposta de um tal Marcus "Soró", o Negro Dito. Dali em diante a vida do AC/DCover nunca mais seria a mesma... 



No Clube Caxiense, abrindo para a Black Dog
Marcaram o ensaio-teste para o Soró. Agendaram um estúdio na Rua Fernandes Guimarães em Botafogo. Estavam já na sala com tudo pronto à espera do vocalista. Quando de repente toca o telefone do Allyson, o qual havia feito o contato. Era Soró: "-Estou em Copacabana, não tem nenhum estúdio aqui! O quê é isso!? É Pegadinha!!?". Allyson havia sem querer passado o endereço errado. No final deu tempo de Soró chegar ainda ao ensaio, conquistar a galera e entrar no grupo. 

Veio o ano de 2009, o baixista Bruno Lima saiu da banda para dar lugar à Alexandre, mas este só fez dois shows, e quem surgiu mesmo para quebrar tudo foi nada menos que Augusto Mattoso. O "Nosso Bom Augusto" era baixista já renomado no underground do jazz, e de nomes como Carlos Malta e cia, turnês pelo mundo, etc. Ele dizia: "-Vivo da música instrumental, mas o que me dá prazer mesmo é tocar o bom e velho Rock n´Roll". 


Na primeira vez no Calabouço em 2009.
Noite com o Metalmorphose.

Formado o novo AC/DCover, o leque de apresentações foram se expandindo como Tomarock e Veneno da Cobra em Caxias. Uma delas em especial, a então nova casa na Tijuca, o Calabouço Heavy & Rock bar, na qual o AC/DCover em sua primeira noite abriram para o Metalmorphose. O local virou um dos preferidos do grupo até hoje.



Com o Zeca na capa
da revista Diversão do Extra

Neste período no Saloon 79 surgiu um festival chamado Money For Covers. O AC/DCover resolveu participar, e após algumas fases chegou à finalíssima do evento. No dia 21 de outubro de 2009 a casa recebeu o maior público de sua história. A cada apresentação, tinha que sair tantas pessoas para poderem entrarem outras. Na fila estava a apresentadora Cissa Guimarães, mãe do músico Rafael Mascarenhas, que também era finalista com seu tributo ao Red Hot Chili Peppers. Inclusive a banda original o fez uma homenagem tempos depois no Rock In Rio IV, devido ao seu trágico falecimento poucos meses após o evento do Saloon. 


Com o cheque do prêmio
do Money For Covers no Saloon 79
Showrasco para os fãs!!

Voltando com o Saloon abarrotado de gente e encerrada as apresentações, o AC/DCover venceu o festival por somente quatro votos de diferença. Receberam um cheque, e com parte dele, a banda havia prometido ao público de que se vencessem o festival fariam um Showrrasco para os fãs. Promessa cumprida!

Estréia de Léo Sampaio na batera
no Satisfaction Rock Bar em 2010


Em 2010,  Allyson Campos deu lugar na bateria à Léo Sampaio para se dedicar ao seu projeto Full House Violin Live, o qual se destaca como violinista. Léo, que já havia tocado com Celso Blues Boy acabou entrando e ficando de vez no grupo até os dias atuais.

A formação Paulinho, Fabrício, Soró, Augusto e Léo durou um bom tempo, consolidando de vez o AC/DCover no underground carioca e nos principais bares de Rock da cidade. Shows na Sala Baden Powell, Rolling Stone Disco em Itaguaí, Maestrina em Niterói e festas Vulcânica e Drink No Inferno com o especial "Rock In Rio 85´". A banda neste momento seguia o objetivo de tocar nos shows discos na íntegra como: Let There Be Rock, Jailbreak 74´, Powerage e Back In Black. 


Na Lona Cultural Elza Osborne em 2013
No fim de 2013, Augusto teve de deixar a banda, devido a grande agenda de compromissos com Carlos Malta. Para o seu lugar veio o baixista Darlon Pitta, onde se apresentaram novamente no Néctar. Na platéia uma curiosidade: Estava Aristeu Pessanha, o qual na época virou fã da banda e passou a frequentar shows do AC/DCover . 


                                     AC/DCover na Lona Cultural Elza Osborne em 2013

A formação com Darlon fez uma grande apresentação na Lona Cultural em Campo Grande entre outros shows. Mas este quinteto só durou até julho de 2014. Soró infelizmente teve de deixar o grupo por questões cotidianas paralelas. 

Com alguns shows já marcados, Paulinho tentou convidar alguns vocalistas já rodados na noite carioca, mas nenhum quis firmar compromisso, ou disse ter disposição pra cantar AC/DC num show inteiro. Afinal, cantar Bon Scott e Brian Johnson não é fácil. 


                                    Primeiro ensaio caseiro entre Paulinho e Aristeu


Paulinho já tinha uma certa amizade de shows com Aristeu, que inclusive iria contratar a banda para o seu aniversário de 50 anos. Foi quando o guitarrista lembrou de um vídeo de Aristeu cantando "Smoke On The Water" e resolveu apostar nele. Acertou em cheio!

Formação atual do AC/DCover
O convite foi feito e Aristeu caiu dentro. Contratou até uma professora para ensinar as técnicas das duas fases distintas do AC/DC. Neste mesmo período o baixista Darlon, após alguns ensaios, também teve de deixar o grupo em 2014. Mais outra dor de cabeça para o AC/DCover. Porém fuxicando outras bandas tributo ao AC/DC no Facebook, Paulinho achou Monstro da banda Overdrive. Conseguiu seu contato e o chamou pro AC/DCover. 

Outdoor do AC/DCover em Itaperuna-RJ

Mosntro já fazia parte outras tantas bandas tributos, dentre elas, o Anesthesia, cover de Metallica. Na época o AC/DCover estava tocando o set do Dvd "Stiff Upper Lip Live". Ajeitaram o repertório e foram pro palco e até os dias de hoje, o AC/DCover vem aumentando o seu público e conquistando novos espaços. 


Flyer do show no Jack Daniel´s
em março de 2017

Muitos shows de lá pra cá: Brooks Pub, Lapa Irish Pub, Botto Bar, Balle Pub, Kult Kolector, Bar do Blues, Rota 65, Jack Daniel´s Rock Bar, Empório em Itaperuna-RJ, Trik-Trik em Rio das Ostras-RJ, com participação especial do guitarrista Otávio Rocha do Blues Etílicos, e Backbone Pub em Nova Iguaçu-RJ. 



Fabrício com sua Gretsch
Malcom Young e Aristeu






Destaques também para banda de show de encerramento do Mondial de la Bière. Também pelo segundo lugar no quesito Melhor Banda Tributo no Calabouço Awards em 2016, atrás somente do Brazilian Maiden. Em 2017 um Carnarock inesquecível com a Black Dog no domingo de carnaval no Vogue Square lotado na Barra.

Comemorando os 35 anos do "Back In Black" em 2015

A banda segue firme no objetivo de tocar discos e shows na íntegra. Muita lenha ainda para queimar, e entre os já realizados estão:
-High Voltage
-Let There Be Rock
Brinde após mais um show no Botto Bar
-Powerage
-If You Want Blood... You´ve Got It
-Highway To Hell
-Back In Black
-For Those About To Rock
-Rock In Rio I - 1985
-Stiff Upper Lip Live
-Circus Krone 2003
-Live At River Plate


AC/DCover tocará na íntegra os álbuns
"Iron Man 2"e "Live Donington" em 2017



Parabéns pelos 10 anos e vida longa ao AC/DCover!!
Agradecimentos em especiais aos fãs: Bruno Paulino, Rogério Ramos e ao casal Paulo Braga e Rose Prado.


Bruno Paulino, Fã nº 1 do AC/DCover

Let There Be Rock!!



AC/DCover: 2007-2017...


Agenda AC/DCover 2017:
-08/07 - Saloon 79 - Botafogo - Show 10 anos de AC/DCover!
-21/07 - Calabouço Heavy & Rock Bar - Tijuca - Especial: "Iron Man 2" na íntegra!
-25/08 - Saloon Beer Barr - Itaipu - Niterói-RJ

-12/08 - Paradise Garage - Teresópolis-RJ
-26/08 - Rio Beer Rock Festival - Tijuca Tênis Clube
-02/09 - Trik Trik PUB - Rio das Ostras-RJ
-14/10 - Calabouço Heavy & Rock Bar - Tijuca - Especial: "Live - 2 CD Collector´s Edition" na íntegra!



AC/DCover no Rio Beer Rock Festival em agosto de 2017 no Tijuca Tênis Clube


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