quinta-feira, 29 de março de 2012

O Importante É O Chopp do Macaco

Edmundo

Edmundo, enfim teve sua merecida festa com jogo de despedida dos gramados pelo Vasco. Uma noite linda e memorável para o maior ídolo da história do clube, que contou também com outros símbolos eternos cruzmaltinos no campo e nas sociais. Um momento épico, que pra variar por ser do Vasco, passou quase despercebido pela mídia.

Não quero entrar na discussão e argumentar se Edmundo foi melhor ou maior do que Romário, Ademir Menezes, Roberto, Zico, Assis ou Túlio. Quero sim entender, e na minha opinião chegar na conclusão em que o Jornal O Globo não gosta mesmo do Vasco ou algo que represente a sua grandeza.

Tanto no dia do jogo quanto no seguinte não houve sequer uma linha citando a despedida do craque na capa principal. O que apenas se tem é uma matéria de meia página dentro do Caderno de Esportes. Se Edmundo tivesse essa mesma idolatria por outro clube grande, que é fora do comum entre jogador e torcida, teria realmente passado por quase despercebido?

Capa de 29 de março de 2012
Engraçado é que a vitória foi com goleada novamente por 9 (nove) gols. Assim como os 9 à 0 impostos sobre o América pelo Campeonato Carioca de 2011. Um resultado altamente incomum entre dois times tradicionais nesta competição, que também não teve sua única linha citada na capa do jornal no seu dia posterior.

Eu cancelei minha assinatura já tem tempo, acho que lá pra meados de 2006 ou 2007. Desisti, após alguém do setor de esportes me dizer por telefone que o jornal tem tendências flamenguistas. Mas a gente acaba passando por uma banca ou indo na casa de alguém e vê o jornal, por se tratar o de maior circulação no país.

Digo isto, porque em outras oportunidades, na maioria em forma negativa, deram destaques ao "Chopp do Macaco", "Do Juíz Paraíba" ou da "Escada Derrubada". Ou seja, se é pra denegrir o Vasco tem que dar destaque, se for pra enaltecer o mérito esquece. Só se interessar.

Pra mim seria até um favor, jornais como Globo e Lance! esquecerem de cobrir o Vasco. Deixarem vivermos mesmo em nosso mundo paralelo, mas real devido aos fatos, seria menos prejudicial à instituição.

Enfim, Edmundo teve sua festa merecida e o reconhecimento dado pela torcida vascaína. Querendo ou não, o "Ah É Edmundo" continuará ecoando pelas arquibancadas antes dos jogos. Privilégio para poucos no mundo. 

Edmundo, obrigado por tudo e que siga teu sucesso como comentarista.


quinta-feira, 22 de março de 2012

O Muro Que Ainda Vive

The Wall, álbum de 1979
O lendário álbum The Wall, de 1979, da banda inglesa de rock progressivo Pink Floyd é um típico algum que você quando escuta ainda novo e não entende nada. Muitos quando os compram por causa de "Another Brick In The Wall",  vão ouvir as outras faixas acabam viajando na maionese logo de cara. 


O meu primeiro contato com esse disco, que foi lançado no ano em que nasci, foi ainda muleque, com então meus seis ou sete anos. The Wall, além de Live After Death e Somewhere In Time do Iron Maiden eram os vinis que rolavam direto com meus irmãos lá em casa.


Ouviam tão alto, que quando vinha a parte do avião caindo no final de "In The Flesh", eu menino, quase me imaginava na Segunda Guerra, e logo em seguida morria de rir com o bebezinho chorando.


Em seguida, cresci, comecei a gostar de rock, e resolvi comprar o disco em CD, e pouco depois também assisti o filme. Logicamente não entendia bolhufas nas minhas primeiras viagens. Só com o tempo fui me situando, e agora em 2012 poderei ver ao vivo com o dono da obra Roger Waters no próximo dia 29 de março no Engenhão. Gostei muito dos outros dois shows que ele fez na Apoteose, então acho que vale à pena muito ir. Infelizmente sem Gilmour na guitarra como na excessão de um show em Londres em 2011 como mostra o video abaixo. 



Pelos videos andam comentando que o show é bem emocionante, com superprodução e video com imagens até do pai de Waters que morreu num ataque de um bombardeio nazista. Ir assistir na íntegra um disco que fez parte de gerações e da minha vida toda tem tudo pra ser inesquecível. Seu charme, esquizofrênico, melódico e misterioso, atrás de um muro que ainda vive. Uma música que eu quero muito ouvir é "Is There Anybody Out There?".


Capa do Módulo 1000 inspirou a do The Wall?
PS: Dizem a lenda que a capa do muro foi inspirada na do disco Não Fale Com Paredes do Módulo 1000 de 1970. Veja se tem ou não tem semelhança?  

domingo, 18 de março de 2012

Dá Pra Entender?

Lendo os recentes depoimentos dos profissionais do Vasco, não consegui entender duas coisas: 


Primeira: Juninho Pernambucano, que jogou contra o Madureira e ficou de fora contra o Libertad-PAR comentou que será difícil ganhar a Libertadores, pois esse time precisa disputar muitas Libertadores para ser campeão. 


Ano passado a torcida ficou eufórica com a vaga obtida pela Copa do Brasil. Cansei de ver adesivos e camisas com os slogans "Libertadores Eu Vou" e "Conquistando à América". Por mim a mobilização entre clube, diretoria, jogadores, mídia e torcida seria para obter o Tri-campeonato do continente, assim como fizeram na Segunda Divisão. Mas pelo que vejo, parece que agora o foco é o Estadual.


Vale lembrar que em 1998, o Vasco estava há 8 anos (desde 1990) sem disputar a Libertadores. E dentre os titulares estavam Odvan, Nasa, Felipe e Pedrinho ainda novos.


Segunda:  Vai começar o Estadual de Remo de 2012. Com 20 atletas dispensados, o Vasco será mero coadjuvante na competição. Segundo o técnico Marcelo Neves, que nada pode fazer devido ao nulo investimento da diretoria no esporte, o Vasco trabalhará pra vir forte em 2013. Logo concluímos que 2012 é um ano pra bater palma aos adversários.


O estatuto do Vasco cita que a instituição tem duas prioridades: Uma é atender aos mais necessitados e a outra de disputar de igual pra igual qualquer competição.


Não importa se o time, o elenco ou os atletas não sejam dos melhores níveis. Qualquer competição em qualquer modalidade em que o Vasco entra, eu sempre ouvi dizer, que era de entrar para ganhar. O Club de Regatas Vasco da Gama em seus mais 110 anos de existência cansou de dar prova de superação e valorização da camisa no intuito de conquistar o título e o primeiro lugar.


Abril de 2008, Era de ouro do remo do Vasco
Foto: Site oficial do Vasco
Não precisa um clube centenário, que já disputou tudo de tudo em todo o mundo, ir numa competição no intuito de participar pra ganhar experiência ou apenas participar por participar.