O Rock Progressivo brasileiro, no caso o carioca, em grande grande parte de sua história quase sempre manteve-se vivo paralelamente ao restante do mundo musical. Levando-se em conta a música divulgada e transmitida pelos meios de comunicações.
Seguindo firme neste patamar, que pode se chamar de "gueto" do rock, em 2009 foi formada a banda Blue Mammoth.
Arte da capa do disco da banda Blue Mammoth
O quarteto composto por André Micheli (teclado e voz), Julian Quelodran, (baixo), Thiago Meyer (bateria) e Cesar Aires (guitarra) lançou recentemente o seu álbum homônimo. Quatorze faixas divididas em cinco temas do mais puro rock progressivo clássico. O disco foi gravado no Rio de Janeiro, no estúdio de Julian, baixista do quarteto, o qual o blog A Costeleta teve a oportunidade de entrevistar.
A Costeleta:Como foi o processo de criação, gravação e realização do primeiro disco do Blue Mammoth?
Julian: Fazia tempo que pensava em produzir um disco como este. Em 2009 comecei a parceria com André Micheli, nesse momento começou o grupo Blue Mammoth.
O disco foi totalmente produzido no meu estúdio. Enquanto fazíamos a pré-produção arregimentamos os músicos, quando chegou a hora de gravar já tínhamos a banda montada e o repertório pronto. O processo foi muito rápido e trabalhoso, tendo o resultado em mãos vejo que valeu o esforço.
Quais as influências de cada músico para a banda?
Julian: Muitas coisas! De modo geral somos bastante receptivos, mas o denominador comum é o rock, com ênfase no progressivo e o hard rock dos anos setenta. Cesar gosta das bandas prog dos 90, aquela turma do Neal Morse e Ronnie Stolt; Thiago escuta muito Genesis, Triumvirat e Beatles; André simplesmente não consegue passar um ensaio sem falar de Deep Purple; Eu citaria o Gentle Giant no meu caso.
Blue Mammoth em ação com o baixista Julian Quelodean ao centro.
Foto: Divulgação
Como você vê a cena atual do Rock Progressivo Brasileiro?
Julian: Acho que houve alguma cena ate os anos 90 que foi dissipado com o passar do tempo (pelo menos aqui no RJ). Hoje não há uma cena de rock prog na cidade, embora conheça algumas pessoas tentando reverter o panorama.
O quê é preciso fazer para adquirir o disco do Blue Mammoth?
Dorsal Atlântica de volta em 2012 Foto: Sérgio Filho
“Os
alemães irão receber a guerra de aniquilação que tanto procuraram, e serão
exterminados."
A ambição
no discurso de Joseph Stalin durante uma das batalhas mais sangrentas da
história da humanidade, a de Stallingrado em 1941, pode ser remetida ao desejo que
tantos amantes do metal brasileiro querem para o místico ano de 2012.
Depois de 22 anos separados, a formação
clássica da banda carioca Dorsal Atlântica (Carlos Lopes no vocal e guitarra, Cláudio
no baixo e Hardcore na bateria) se prepara pra realizar o que tantos metaleiros
procuraram nestes últimos anos: A reunião de volta para o lançamento de um novo
álbum do trio.
Fora das pretensões, regras e formatos
de gravadoras, o Dorsal Atlântica resolveu apostar na vontade e sonho de seus
fãs e arrecadar um total de R$40mil para as despesas gerais de realização de seu
novo disco. Quem cooperar terá seu nome gravado no encarte. O video e link abaixo
mostram o procedimento.
O blog A Costeleta conversou com o líder Carlos Lopes (ex-Vândalo):
A Costeleta: Neste início de campanha, qual foi a reação do público do Dorsal em relação à reunião do grupo em lançar um novo disco? O resultado vem te satisfazendo até o momento?
Carlos: O público da Dorsal está nos apoiando exponencialmente, as porcentagens duplicam dia a dia e até o momento a meta semanal está sendo atingida. Crowdfunding é um sistema de realização de projetos, financiado pelas pessoas, sem intermediários. A data limite para que o apoiador invista na produção do CD é 10 de junho de 2012.Se até essa data, se o valor total não for arrecadado, o CD não será produzido. De 40 mil,um valor subfaturado,27,5 % são do imposto de renda e 12% do site Catarse. Os valores de contribuição cobrem todas as despesas relativas à gravação e prensagem do novo CD da Dorsal Atlântica. As diversas opções de investimento estão disponíveis no site catarse.me, conforme o link acima.
Os fãs podem esperar um disco remetendo as raízes da banda ou vem por aí alguma novidade sonora musical além do tradicional?
Carlos: Se o CD existir, será um trabalho de homenagem aos fãs. Uma das músicas, que talvez feche o disco, ou seja enviada como bônus, é um hino que agradece aos fãs pelo empenho durante a campanha. Mas tudo isso só se tornará realidade se alcançarmos o valor total até o dia 10 de junho.
A inspiração para o novo trabalho vem dos nossos primeiros LPs entre 1986 e 1990, gravados pela mesma formação que participa da campanha. As músicas estão sendo escritas há dois meses, desde que o projeto foi pensado. As letras falam sobre guerra (tema do nosso primeiro LP) e sobre questões humanas (exatamente como as letras do segundo LP). O que deve ficar claro é que esse não é um disco saudosista, mas um trabalho que espelha o nosso passado, com a força do presente e as lições que aprendemos na vida e na estrada.
Carlos, neste período “afastado” do metal, com seus outros trabalhos, você curtiu algo no Heavy Metal, seja no Brasil ou no exterior?
Carlos: Acompanhei profissionalmente, por assim dizer. Fui produtor e apresentador do programa Puro Metal na Rádio Venenosa FM do Rio durante alguns anos e pesquisei bastante para ter um programa dinâmico. Como jornalista musical, durante mais de uma década, quem mais me chamou a atenção foi o System Of A Down. Eu precisava de um bom tempo para respirar, para poder me recompor e conseguir olhar para o estilo sem tantas cobranças. Pense bem, se eu me cobrava para ser mais criativo, escrever melhor, ousar, obviamente eu também cobrava isso das bandas e eu não via isso. Houve um desinteresse, pois a cena prega muito pelo continuísmo e a Dorsal nunca foi uma banda que se repetisse, que pregasse a estatização do pensamento, o cerceamento da liberdade.
Ao longo de toda a história, como você vê o tratamento dado pela mídia ao Dorsal Atlântica?
Carlos: Sempre foi excelente, tanto a mídia segmentada como a externa. Fizemos várias matérias na Rede Globo, Manchete, Jornal o Globo, Folha de São Paulo, Revista Veja, MTV, e ao mesmo tempo éramos figuras constantes em grandes revistas especializadas como a Rock Brigade e a Roadie Crew e em todos os zines de xerox. Íamos de A a Z, de Z a A.
Caso o planejamento do novo disco dê tudo certo, você estará animado para realização de novos shows?
Carlos Lopes com Joaquim de Castro. Foto: Paulo Fernandes/A Costeleta
Carlos: Se as propostas forem bastante profissionais, pensaremos no assunto com muito carinho. Como disse algumas vezes, a campanha do novo CD teve início de fato, quando a produçãodo'Metal Open Air', o mal fadado festival que não ocorreu no Maranhão e que contava com um cast de dezenas de bandas fabulosas, nos pediu que fechássemos uma das 3 noites do festival e nenhuma outra banda brasileira foi convidada para fechar uma noite. Nos disseram que aabertura para a Dorsal Atlântica, seria feita pelas bandas Exodus e Anthrax.99% das bandas brasileiras aceitariam na hora, mas eu disse não porque não havia cachê.
Quem mereceria mais? O Dorsal de 1985 ter participado do Rock In Rio I ou o Dorsal de 2012 no tocar no próximo Rock In Rio IV?
Carlos: Apresentar-se em festival é uma questão empresarial. Não se engane. Nós tocamos no festivalMonsters of Rockem 1998 no estádio do Pacaembu com Manowar, Saxon,GlennHughes,Megadeth,Savatage,Slayer eDreamTheater porque duas revistas brasileiras fizeram uma campanha e arrecadaram30 mil assinaturas de fãspedindo que tocássemos. Graças a esse volume absurdo de fãs na época em que a internet ainda estava engatinhando, a produção do festival nos procurou e disse que estávamos dentro, sem termos que pagar, mas já que a escalação estava fechada, deveríamos tocar antes do festival começar. Foi uma aventura.Em 1985 estávamos lançando nosso primeiro vinil, Ultimatum (que está sendo relançado agora em 2012, também em vinil) e éramos carta fora do baralho.
Houve uma enquete feita por uma grande revista brasileira, na qual fomos escolhidos pelo público, como uma das atrações mais esperadas para o Rock In Rio II.Aquela sim, seria a nossa chance, mas éramos ingênuos, não tínhamos empresários, e assim nossa chance se foi. Agora se a Dorsal tocará no próximo Rock In Rio, isso depende dos fãs fazerem a história agora pelas próprias mãos, até o dia 10 de junho e contribuírem para que o nosso CD, que de fato é o CD de todos, o CD do povo se torne realidade.Os fãs agora precisam fazer história e quebrar barreiras, acabar com o marasmo e o continuísmo.
Títulos do novo álbum do Dorsal Atlântica até o momento:
Dorsal em breve novamente em estúdio Foto: Sérgio Filho
Guilherme, formado na base do Vasco entorta os argentinos.
Foto: Site Oficial do Vasco
Vasco e Lanús se reencontram logo mais nesta quarta-feira (2/05) em São Januário, após quase cinco anos numa competição continental. Naquela oportunidade na Colina Histórica, uma vitória vascaína maiúscula por 3x0 que deu à classificação para as quartas-de-final da Copa Sul-Americana.
A vaga, naquele ano de 2007, foi obtida de forma emocionante com um gol de Leandro Amaral no fim do jogo, pois os vascaínos precisavam vencer por 3 gols de diferença. O próprio Leandro e Wagner Diniz foram os autores dos outros dois gols. Aquela vitória, inclusive, foi a última vascaína sobre times argentinos em sua história.
Será que este jogo servirá de inspiração para logo mais pelas oitavas da Libertadores?
Gols da goleada de 3x0 do Vasco sobre o Lanús em 2007