segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Contas Modernas

Vivi a infância e adolescência nos anos 80 e 90. Logicamente lembro que em casa usávamos para o nosso entretenimento além dos jornais, livros, jogos e brinquedos, nós tínhamos a televisão, vídeo-game e computador. Não se pagava nenhuma conta mensal para assistir e usar estes. Sim, existia os boletos básicos da casa: luz, água e gás.
Imagem: Think Stock

O tempo foi passando e lembro, em 1993, quando a TV à cabo veio até meu condomínio divulgar seu produto e convidou os moradores à assistir ao Fla-Flu, que seria o clássico da rodada daquela tarde. Meus amigos diziam maravilhados: "-Agora vamos poder assistir em casa os jogos!". 

Passou-se anos e as principais partidas para serem assistidas só poderiam ter acesso com mais uma taxa. Ou seja: "Para ver, pague, e depois pague de novo". Enfim...

No final da década, quase na mesma época, os celulares se tornaram populares, sim aqueles tijolos com joguinho da cobrinha. Coloque na conta: Mais um boleto à pagar. Paralelamente a internet, e o que deveria ser algo público e de acesso em geral, também não era de graça. Então, outra conta pra quem quer ter uma navegação de boa velocidade e qualidade. 

Nos anos 2000 e e na década seguinte, os dois se juntaram, celular e internet e com elas, as redes sociais. Novos planos, pacotes, promoções, etc. Ao mesmo tempo a sociedade te impondo à usar todos esses, se não você é um "atrasado", um "hippie", "fora de moda e do mercado" ou ancestral.

Concluindo. Hoje em dia, somando-se as contas de TV à cabo, celular, internet de uma residência aqui no Brasil, dá no mínimo cerca de R$400 pra grande maioria. Gastos modernos que não tínhamos há trinta anos. Valores superiores à metade de um salário mínimo. Faz ou não faz diferença no bolso de um cidadão brasileiro comum? 

domingo, 21 de agosto de 2016

O Ouro Que Faltava

Seis de fevereiro de 2007. Treino vespertino dos profissionais em São Januário. O assunto do momento no futebol brasileiro era a contagem regressiva para o milésimo gol do Romário. O baixinho estava em busca de mais uma grande façanha em sua carreira como atleta. Já havia ao longo me dado muitas alegrias como torcedor com muitos títulos, tanto pelo Vasco e como pela Seleção Brasileira. Dentre eles destaco a Copa América de 1989 e a Copa do Mundo de 1994. Porém apenas uma pequena frustração, de forma injusta, que foi a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Seul em 1988, na qual brilhou e foi até artilheiro. A derrota na final para a União Soviética me fez chorar quando tinha meus oito anos.


Luan e Washinton observam o treino do Vasco em 2007
Foto: Paulo Fernandes/Vasco.om.br 

Voltando neste mesmo dia em 2007, Romário concedeu entrevista ao então repórter e ex-jogador Marcelinho Carioca sobre a expectativa do Gol Mil. Eu estava lá é claro, com minha câmera fotografando tudo para o Site Oficial do clube. Ao mesmo tempo, quando as atividades estavam rolando, dois meninos da base observavam na arquibancada o treinamento. Um deles era o pequeno atacante Washinton, quem devo ter entrevistado para alguma matéria da categoria infantil, na qual ele se destacava com gols num mesmo time que tinha Philippe Coutinho, esse de hoje da Seleção e do Liverpool da Inglaterra. Curiosamente ao lado dele havia outro menino, mais novo ainda, então com 13 anos e desconhecido pra mim, que era zagueiro, e se chamava Luan. Aproveitando o embalo no momento chamei-o também pra compor a foto junto com o amigo Washinton. 


Zagueiro Luan no Infantil do Vasco.
Foto: Paulo Fernandes/Vasco.com.br
Com o tempo, Luan, que morava e estudava no Vasco foi ganhando seu espaço e se firmando como promessa do clube. Infelizmente, o acompanhei até o ano seguinte, quando fiquei afastado do clube por seis anos. Tempos depois fiquei feliz quando ele subiu e chegou ao profissional. Claro, quando o vi jogando eu disse: "-Caramba, esse era aquele Luan! Está no time principal!". A gente que vive esse dia-a-dia fica feliz com essas coisas.

O tempo passou, e tive a felicidade em trabalhar novamente no Vasco em 2015. O reencontrei já como zagueiro titular, formando dupla com o experiente Rodrigo. Luan lembrou inclusive meu apelido "Bêlo", dos tempos de Philippe Coutinho devido à minha longa cabeleira que usava na época.

Nos últimos dois anos vieram os títulos recentes pelo Vasco e a sonhada convocação para a Olimpíada do Rio de Janeiro de 2016. Luan, que seguiu a tradição dos grandes zagueiros do Vasco na Seleção Brasileira como Itália, Domingos da Guia, Bellini e Orlando Peçanha, pode com este Ouro Olímpico, conquistado contra a Alemanha no Maracanã, completar a minha felicidade olímpica que a Seleção de 1988, entre outras, não conseguiram me dar. O Brasil esperava muito por esta conquista. Obrigado Luan! "Ouro!". Parabéns pela medalha inédita e sucesso crescente no restante de sua carreira!!

Luan no Maracanã com a Medalha Olímpica.
Foto: Facebook Vasco da Gama


segunda-feira, 8 de agosto de 2016

O Mistério da Marca

Último sábado (06/08) pela manhã, minha esposa Érika avistou uma marca estranha avermelhada na parte inferior esquerda das minhas costas. Na mesma hora fiquei surpreso e tiramos fotos com celular pra ter como registros.


Detalhe da marca. Fotos: Érika Matos/A Costeleta



Marca nas minhas costas.

Fiquei curioso pelos detalhes das imagens com dez linhas e alguns pontos em volta. O estranho é que não me lembro de ter encostado em algo diferente, não sinto qualquer tipo de dores e também não tive nenhum sonho estranho.

Mostrei pra alguns amigos, e é claro, muitos brincaram que fui abduzido ou chipado por alienígenas, que tomei uma coiçada, uma chinelada ou chupão. Procuramos pela internet pra tentar achar algo parecido, mas nada. Aliás até tem imagens no google de marcas estranhas, que uns dizem ser coisa do demônio ou ETs.

Por curiosidade, enviei as imagens pra alguns ufólogos daqui do Rio de Janeiro. Um deles, Sérgio Oliveira Russo, foi simpático e me respondeu: "Realmente nunca tinha visto algo semelhante. Há outros casos de marcas estranhas na literatura do Realismo Fantástico, mas não como esta, que aliás, é de grande extensão. Pode ser efeito dos Chemtrails. É só uma hipótese". Comentou e inclusive me orientou procurar um dermatologista pra qualquer coisa.

Enfim, seguirei na busca pelo mistério da marca...

sábado, 11 de junho de 2016

Bigode & Costeleta

A amizade continua...

Valdir Bigode e Paulo Fernandes em Campo Grande
Foto: Érika Matos/A Costeleta


sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

O Corpo Vai, a Alma Fica.

Lemmy Kilmister morreu recentemente, junto com ele o fim do clássico grupo Motörhead. Atualmente com cada vez mais frequencia, uma lenda do rock se vai. Há dois anos mesmo, eu assisti o Yes ao vivo com o ícone do baixo Chris Squire, e este faleceu também neste ano de 2015. Pois é, um dia tu vê um e no outro pode ser que não.


Lemmy Kimister com o Motörhead no Sweden Rock Festival de 2007
Foto: Paulo Fernandes/A Costeleta
Fico pensando comigo, que na minha infância e adolescência, a partir dos anos 90 fui em muitos shows aqui no Brasil de bandas que já eram consideradas relíquias do rock n´roll. Vi os Ramones no Circo Voador, Ray Manzarek com os teclados dos Doors, John Lord do Deep Purple, a voz de Ronnie James Dio, a guitarra de Celso Blues Boy, Rédson do Cólera, entre outros que não estão mais aqui.

Muitos ainda estão vivos dos quais presenciei shows: os Stones, AC/DC, Iron Maiden, Judas Priest, Page & Plant, Roger Waters, Sex Pistols, Santana, Rush, Jethro Tull, Focus, Rick Wakeman, Megadeth, Metallica, Rage Against The Machine, Sepultura, Mutantes, Nação Zumbi, Titãs, Black Sabbath, Eric Clapton e até o Pai do Rock Chuck Berry... 

A maioria  já com suas idades avançadas e que daqui um tempo, quando nenhum desses mais estiver vivo, os mais novos nos guetos de rock perguntão se esses dinossauros realmente existiram. A época em que o Rock N´ Roll pirou o planeta Terra. 

O importante é que a obra é para sempre. Long Live Rock!