sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Só Por Política?

Esta semana Juninho Pernambucano saiu do Vasco alegando que o ambiente político da Colina é muito sujo, e que a oposição querendo voltar ao poder prejudica o ambiente. A disputa política no cruzmaltino, e até em qualquer outro clube existe desde o início do século passado. No Vasco cresceu ao longo das décadas, tendo um grande pico em 1997 com o surgimento do MUV, que já era contra Eurico Miranda, numa época inclusive com o próprio Juninho, quando o clube vivia momentos de glórias e mais glórias de títulos.

O pico maior se deu em 2002 quando Roberto Dinamite, este por não querer ir buscar sua credencial na sala da presidência para assistir um jogo na tribuna de São Januário, resolveu ir chorar na imprensa rachando o clube de vez pelos anos seguintes, numa divisão do Vasco alimentada de forma oportunista sem limites pela mídia.

A briga política seguiu, e segue até hoje, quando o próprio Juninho voltou ao clube em 2010, num período favorável em que o futebol vivia. Acontece que, em seguida, os pagamentos de premiações pelos títulos, que não vieram, não aconteceram. O modo suicida de administração se desmoronou e a bola de neve com os atraso de salários, aumento de dívidas e saída de jogadores se acumulou no Vasco no fim de 2012.

Na minha opinião com um grande receio das conseqüências trágicas que possam vir para o próximo ano, o Pernambucano se foi para os Estados Unidos. Resta saber se lá ele também dirá que recebe salário mínimo.

Parceria Juninho e Dinamite: Zero títulos conquistados
Foto: Divulgação
Gols decisivos que Juninho Pernambucano fez pelo Vasco e seus adversários:

-Portuguesa e Juventude pelas semifinais do Campeonato Brasileiro de 1997
-River Plate pela semifinal da Taça Libertadores de 1998
-Real Madri pela final da Copa Intercontinental de 1998
-Santos pelo Torneio Rio-São Paulo de 1999
-Palmeiras pelas finais da Copa Mercosul de 2000
-São Caetano pela final do Campeonato Brasileiro de 2000

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Dez Brasucas


A minha praia sempre foi o Rock N´Roll, que foi na maioria das vezes minha fonte principal de influência de minhas composições. No quesito, meus preferidos estão os estrangeiros, mas não tem como não falar do rock brasileiro. Muitos podem até não ter o mesmo nível, mas tem suas particularidades, seu jeito original de ser e fazer. E se for falar do restante da música brasileira então, esta sim está no topo do mundo.

Resolvi selecionar os dez discos que mais me influenciaram como músico. No caso onde exponho minha arte no Tatubala.

Afrociberdelia – Chico Science e Nação Zumbi (1996)


Uma pena eu ter começado a gostar pouco antes do Chico morrer, não tive a felicidade de assisti-lo ao vivo, apenas diversas vezes depois sem ele. A Nação é uma banda top de linha com estrutura e capacidade internacional, mas a liderança, letras e jeito de cantar do Chico Science interpretar eu sinto muita falta. A música brasileira poderia tomar um outro rumo com sua influência como pessoa. Os discos Da Lama Ao Caos e Afrociberdelia são bons demais. Ouvi muito! 

Uma época boa paralela com Usuário do Planet Hemp, Lavô Tá Novo dos Raimundos e Rappa Mundi.

África Brasil – Jorge Ben (1976)













Jorge Ben pode ser considerado o Chuck Berry brasileiro, é a semente de muita coisa. O samba-rock suingado está presente em quase tudo recente no Brasil. Neste disco só musicão, com exceção é claro, que pra quem me conhece, a que eu não preciso falar. (risos).

Os Afrosambas – Baden Powell e Vinícius de Morais (1966)













Se há um disco no mundo com tanta riqueza e qualidade musical, este é Os Afrosambas de Baden Powell e Vinícius de Moraes. Tanto a versão antiga e também a de 199o só com o Baden e novos arranjos. Em minha época de Villa-Lobos andei passeando pela praia da MPB e Bossa-Nova. E dessa galera resolvi escolher esse, como poderia ter posto o perfeito Elis & Tom, além de muitos outros.

Detalhe, que até agora os três discos acima remetem a palavra: África e são de anos terminados em 6.

Arise – Sepultura (1991)













Não tinha como não por o meu primeiro vinil que comprei numa loja, ainda então um menino de onze anos. Onde você for lá fora, muita gente conhece e gosta de Sepultura. Super enérgico e profissional! Um aperfeiçoamento do metal brasileiro que anteriormente teve também grande destaque com o Antes e Depois do Fim da banda Dorsal Atlântica.

Obs: Posso já ter dançado forró, ido em boite e até baile fanque, mas sempre fui metaleiro.


Pela Paz Em Todo Mundo - Cólera (1986)













Outro vinil da infância. Com letras simples, diretas e humanas, este é o Never Mind The Bollock´s brasileiro. O melhor do punk nacional. Gosto muito também do Cruxificados Pelo Sistema, primeirão do Ratos de Porão.

O líder Redson faleceu ano passado.

Cabeça Dinossauro – Titãs (1986)













Quem viveu, pelo menos parte do fim dos anos oitenta, com certeza curtiu “AA UU”, ‘Polícia”, “Bichos Escrotos” e “Homem Primata”. Clássicos até hoje reunidos num só disco. Comprei por agora a reedição de 30 anos da banda, que vem com as demos das músicas.

Snegs – Som Nosso de Cada Dia (1974)













Conheci há pouco tempo. Esse consegui considerar o melhor disco brasileiro de rock psicodélico/progressivo de todos os tempos. Quem não conhece, vale a pena procurar ouvir. Amo todos dos Mutantes, gosto de Secos & Molhados, Módulo 1000, O Terço, Casa das Máquinas, Bacamarte e cia, mas essa é uma obra-prima das muitas perdidas nos anos 70.

Colocaria o A & o Z. Mas todo mundo conhece. Então foi o Snegs pra representar a rapeize psicodélica!

Que País É Este – Legião Urbana (1987)













Música título que me ajudou a arrumar um trocadinho como professor de guitarra e violão. Já iniciei muitos alunos e amigos no instrumento com os três acordes: Mi menor, dó e ré. É claro, o solinho inicial! Inclusive comigo, serviu de maneira mais fácil pra aprender a tocar. Obrigado Renato!

A "Faroeste Caboclo" vale o disco. Pra falar a verdade nunca fui apaixonado pelo rock oitenta daqui do Brasil. Mas respeito e gosto bem de Barão, Titãs, Blitz, etc.

Eu Nasci Há 10 Mil Anos Atrás – Raul Seixas (1976)













Meu irmão mais velho Iuri era louco por ele. Cantava até parecido! Tinha todos os vinis e escutava 24 horas por dia. Não tinha como não gostar! Raulzito, gênio da música brasileira, fico com a música titulo que eu viajava ouvindo quando garoto.

Clara Crocodilo – Arrigo Barnabé (1980)













Em muitos lugares onde toquei vieram pessoas me falar que o som que eu fazia lembrava muito Arrigo Barnabé. Há três anos atrás nunca tinha ouvido falar. Procurei os discos Tubarões Voadores e Clara Crocodilo e não deu outra.. adorei!!

Logo depois ainda tive sorte de ver o show dele com banda e tudo, além da excelente cantora Livia Netrovski. Consegui até falar com o Arrigo após o fim e entregá-lo o meu disco Vírus Rádio Ativo. Uma honra!

Bem, dez discos é muito pouco, fora as bandas independentes, que são milhões. É claro que dezenas de outros poderiam estar aqui: Tom Jobim, Elis, Rita Lee, Toquinho, O Rappa, Lobão, Raimundos, Ney Matogrosso, Luís Gonzaga, Gilberto Gil, Caetano, Chico Buarque, Planet Hemp, Carlos Malta, Garotos Podres, Dorsal Atlântica, Pato Fu, Cartola, Tim Maia, Paralamas, Pitty, Pixinguinha, Balão Mágico, Mallu Magalhães, A Bolha, Vímana, Ultrage A Rigor, Los Hermanos, Noel Rosa, Veludo, Tony Tornado, Bezerra da Silva, Cazuza, Celso Blues Boy, e todos estes que cantaram um dia e tem um lugar na minha alma.

A Gota D Água


Colégio Vasco da Gama nos seus 4 anos
Foto: Paulo Fernandes
Uma historinha dos meus tempos de Vasco. Era início de 2008, os alunos do Colégio Vasco da Gama mostravam seus trabalhos estudantis para o então presidente do clube. Como eu fazia a cobertura fotográfica para o site oficial fui o acompanhando pelas salas. Nisso num dos corredores eu esbarrei sem querer num bebedouro e começou a jorrar água sem parar para todo lado. Quando menos esperei, em menos de dez minutos, já tinha sido tudo consertado. 

Quatro anos se passaram e hoje vemos as dependências de São Januário sem água devido ao não comprometimento de pagamentos recentes das contas da Cedae. Estes tipos de coisas, que não são mostradas em período de eleição, como a água do parque aquático ficar verde, parte do teto do restaurante da Sede do Calabouço cair, do reboco da arquibancada desmoronar já é rotineira nesta atual administração. Porém isso tudo não é o ponto onde quero falar, e sim na irresponsabilidade de montar um time a qualquer maneira esquecendo do restante da instituição. É como um "castelo de areia".

O Vasco formou em 2011 um bom time pra ser campeão brasileiro e da Libertadores. Gastou tudo com todos os recursos que tinha, sem planejamento e sem preocupação com qualquer conseqüência que poderia vir depois. Apostou tudo nestas conquistas, deixando de pagar contas, acordos, impostos, sedes e deixando até de lado esportes tradicionais como o remo e o basquete.

Penta-campeão mundial Edílson fazendo fisioterapia no Vasco-Barra em 2006
Foto: Paulo Fernandes

Os títulos não vieram, o dinheiro acabou, e hoje o que temos? Jogadores e membros da diretoria saindo do Vasco de pouco em pouco. O clube antes podia até não montar grandes times, mas tinha tudo lá firme e com os pés no chão funcionando. Atualmente o time treina no campo do Zico, e o que vemos é uma vergonha atrás da outra nunca antes vistas em 114 anos. 

quinta-feira, 5 de julho de 2012

O Tapete e a Lama

Um dos grandes motivos do resultado de 0x0 entre Vasco e Corinthians em São Januário pelo primeiro jogo das quartas-de-final da Taça Libertadores deste ano de 2012 foi o estado do gramado, o qual estava um verdadeiro lamaçal e praticamente não houve futebol.


O sistema de drenagem reformado em junho do ano de 2006 era de perfeito funcionamento. Uma das grandes provas de fogo foi no dia 24 de outubro de 2007, quando fortes chuvas caíram sobre a cidade do Rio de Janeiro causando uma tragédia com desabamento numa das entradas do Túnel Rebouças. A noite haveria a partida entre Vasco e América do México pelas quartas-de-final da Copa Sul-Americana.


Com isto, durante o decorrer do dia, começaram a haver rumores de que poderia não ocorrer à partida. O que foi desmentido pelo Presidente do Vasco: "O jogo está mais do que confirmado". Disse Eurico à Rádio Globo.


Mesmo com os problemas, o sistema de drenagem de São Januário na época, que era excelente, funcionou e a partida seguiu mantida. "Apesar da chuva intensa que cai sobre a cidade do Rio de Janeiro desde terça-feira a noite e de todos os problemas enfrentados pelos cariocas nesta quarta, a delegação do América do México não pretende mudar sua programação para chegar ao estádio de São Januário, onde enfrenta o time cruzmaltino, às 21h45m". Escreveu em seguida o site da emissora.


A Rádio Tupi, através do repórter Marcos Vasconcelos dizia: "O gramado já está sem poças", e Wagner Tardelli da Rádio Globo informava que a drenagem era muito boa e que nem parecia que havia chovido.

As notícias reproduzidas pelo site Netvasco podem ser vistas nos demais links abaixo:
http://www.netvasco.com.br/news/noticias14/46154.shtml
http://www.netvasco.com.br/news/noticias14/46156.shtml
http://www.netvasco.com.br/news/noticias14/46158.shtml

A partida da competição internacional foi realizada normalmente e o gramado esteve em perfeito estado, mantendo limpo os uniformes, como pode ser vista na foto abaixo.

Dario Conca desfila seu futebol contra o América do México em São Januário em 24/10/2007
Foto: Paulo Fernandes


O curioso é que recentemente, no início de 2012 foram feitas reformas no gramado de São Januário. Então a pergunta que fica é: 


-O que houve de diferente e de mudança na drenagem de 2006 para a de 2012?


Éder Luís na lama contra o Corinthians em São Januário em 16/05/2012
Foto: Divulgação/Site Oficial do Vasco






sábado, 30 de junho de 2012

30 de Junho

Há exatos quatro anos foi a mudada a direção da presidência do Club de Regatas Vasco da Gama. Veja como estavam os principais setores da instituição na época, em 30 de junho de 2008.


FUTEBOL:
Sim, o Vasco não tinha uma Copa do Brasil. Em compensação nunca tinha sido rebaixado e passado por uma vergonha tamanha em sua história. Estava sim na 8ª posição no Campeonato Brasileiro, após ter derrotado por 4x2 o Ipatinga em São Januário. Não passava na cabeça de nenhum torcedor, dirigente ou jogador, que poderia haver algum perigo de queda naquele ano.


O Corinthians, hoje finalista da Libertadores era quem estava amargurando as delícias da Segunda Divisão, inclusive com um empurrãozinho do Vasco, quando o derrotou por 1x0 no Pacaembu, com um gol de Alan Kardec, após cruzamento do seu companheiro de categoria de base Guilherme. O Flamengo estava há 16 anos sem ganhar Brasileiro e o Fluminense há 24. O Vasco era o último carioca Campeão Nacional ao ter batido na final o São Caetano em janeiro de 2001.


Nas cotas de televisão o clube figurava solidamente no principal grupo, que recebia a maior quantia.


REMO:
Liderava com folga o Estadual à 49 pontos na frente do rival Flamengo, sendo então o absoluto em títulos nas águas do Rio de Janeiro.


BASQUETE:
Era o atual vice-campeão Estadual, tendo esta inclusive sua última participação neste ano nesta competição.


PATRIMÔNIO:
O Vasco possuía 5 (cinco) sedes em utilização diária: São Januário, Sede Náutica, Calabouço, Vasco-Barra e CT Almirante Heleno Nunes.


CATEGORIAS DE BASE:


Philippe Coutinho e Alex Teixeira no Vasco-Barra
Foto: Paulo Fernandes
Colégio, dormitório e quatro refeições diárias para atletas da base nas demais modalidades esportivas. Entre os alunos formados: Alex Teixeira e Philippe Coutinho. 


As categorias Infantil e Juvenil encaminhavam para os títulos Brasileiros em suas categorias respectivas. O Mirim estava há mais de 50 jogos invicto.


O clube era detentor dos passes dos jogadores.


TRADIÇÃO:
Respeitando o estatuto do clube, os uniformes do Vasco continham somente as cores preto, branco e a cruz-de-malta.


DÍVIDAS:
Todas, pertencentes de diversas gestões anteriores estavam equalizadas. 


Impostos, salários de atletas e funcionários em dia, podendo então receber de qualquer patrocínio público.


Resumo particular:


"-Eu não trocaria um rebaixamento por uma Copa do Brasil".



sexta-feira, 15 de junho de 2012

Os 100 do Rock Gringo

Listas de preferidos geralmente são muito polêmicas e contestadas, pois cada um tem seu gosto e ponto de vista. Aqui na Costeleta resolvi por cem álbuns de estúdio de bandas de rock internacionais. A ordem pode não ser a exata e com certeza logo depois que postar isso aqui vou lembrar de muitos. Mas uma coisa é certa. Todos estes me proporcionaram satisfação e alegria ao ouvi-los durante toda minha vida.

Long Live Rock And Roll!!!

Electric Ladyland de 1968
O melhor disco do mundo!


Os 100 melhores de estúdio do Rock segundo o blog A Costeleta:

1-Jimi Hendrix – Electric Ladyland
2-Iron Maiden – Somewhere In Time
3-AC/DC - Powerage
4-Deep Purple – Machine Head
5-Pink Floyd – Dark Side Of The Moon
6-Black Sabbath – Sabbath Bloody Sabbath
7-Motörhead - Bomber
8-Emerson Lake & Palmer - ELP
9-Jethro Tull – Thick As A Brick
10-Led Zeppelin – Physical Graffity
11-Rolling Stones – Sticky Fingers
12-The Beatles – White Album
13-The Who – Quadrophenia
14-Janis JoplinPearl
15-Ten Years After – Watt
16-Judas Priest – Sin After Sin
17-Yes – Close To The Edge
18-Iron Maiden – The Number Of The Beast
19-Megadeth – Rust In Peace
20-Rush – Permanent Waves
21-Jimi Hendrix – Rainbow Bridge
22-Rage Against The Machine – RATM
23-Sex Pistols – Never Mind The Bollocks
24-Pink Floyd – Wish You Were Here
25-AC/DC – Let There Be Rock
26-Judas Priest – British Steel
27-Ramones – Ramones
28-Santana – Abraxas
29-Motörhead – Another Perfect Day
30-Iron Maiden – Iron Maiden
31-Emerson Lake & Palmer – Tarkus
32-Jimi Hendrix – Band Of Gypsys
33-Iron Maiden – Piece Of Mind
34- Black Sabbath – Black Sabbath
35-The Who – Tommy
36-Deep Purple – In Rock
37-The Doors – Strange Days
38-The Doors – Waiting For The Sun
39-Led Zeppelin – II
40-AC/DC – High Voltage
41-Rolling Stones – Let It Bleed
42-Rush – Hemispheres
43-Santana – I
44-Jethro Tull – Aqualung
45-Iron Maiden – Killers
46-Black Sabbath – Paranoid
47-Led Zeppelin – I
48-Motörhead – Ace Of Spades
49-Pink Floyd – The Wall
50-Jimi Hendrix – Axis: Bold As Love
51-Jeff Beck – Wired
52-Black Sabbath – Sabotage
53-Iron Maiden – Powerslave
55-Deep Purple – In Rock
56-The Beatles – Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band
57-Judas Priest – Screaming For Vegeance
58-Black Sabbath – Heaven & Hell
59-Iron Maiden – Seventh Son Of A Seventh Son
60-Ramones – Rocket To Russia
61-Pink Floyd – Animals
62-Led Zepplein – Houses Of The Holy
63-AC/DC – Highway To Hell
64-Jethro Tull – Stand Up
65-Rage Against The Machine – Evil Empire
66-Emerson Lae & Palmer – Trilogy
67-Premiata Fornaria Marconi – Photos Of Ghost
68-Megadeth – Peace Sells…
69-Metallica -…And Justice For All
70-Rush – Moving Pictures
71-Rolling Stones – Beggars Banquet
72-Black Sabbath – Vol.4
73-Captain Beyond – Captain Beyond
74-Stone Temple Pilots – Tiny Music…
75-Metallica – Master Of Puppets
76-Dio – Holy Diver
77-Suicidal Tendencies – Lights… Camera… Revolution
78-Black Sabbath – Master Of Reality
79-Ten Years After – Ssssh
80-Pink Floyd – Ummagumma
81-Pink Floyd – Meddle
82-Janis Joplin – Kosmic Blues
83-Yes – Fragile
84-Motörhead – Overkill
85-Dead Kennedys – Fresh Fruit
86-Emerson Lake & Palmer – Tarkus
87-Judas Priest – Sad Wings Of Destiny
88-Judas Priest – Painkiller
89-Jimi Hendrix – First Rays Of The New Rising Sun
90-Santana – III
91-The Doors – Waiting For The Sun
92-Led Zeppelin – IV
93-Led Zeppelin – Presence
94-AC/DC – Dirty Deeds Done Dirt Cheap
95-Rush – Fly By Night
96-Emerson, Lake & Palmer – Brain Salad Sugery
97-Motörhead – Iron Fist
98-Motörhead - 1916
99-Led Zeppelin - III
100-AC/DC - Back In Black

Somewhere In Time de 1986
O ápice em estúdio do Iron Maiden

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Na Patada Do Prog

O Rock Progressivo brasileiro, no caso o carioca, em grande grande parte de sua história quase sempre manteve-se vivo paralelamente ao restante do mundo musical.  Levando-se em conta a música divulgada e transmitida pelos meios de comunicações. 


Seguindo firme neste patamar, que pode se chamar de "gueto" do rock, em 2009 foi formada a banda Blue Mammoth. 


Arte da capa do disco da banda Blue Mammoth
O quarteto composto por André Micheli (teclado e voz), Julian Quelodran, (baixo), Thiago Meyer (bateria) e Cesar Aires (guitarra) lançou recentemente o seu álbum homônimo. Quatorze faixas divididas em cinco temas do mais puro rock progressivo clássico. O disco foi gravado no Rio de Janeiro, no estúdio de Julian, baixista do quarteto, o qual o blog A Costeleta teve a oportunidade de entrevistar.



A Costeleta: Como foi o processo de criação, gravação e realização do primeiro disco do Blue Mammoth?

Julian: Fazia tempo que pensava em produzir um disco como este. Em 2009 comecei a parceria com André Micheli, nesse momento começou o grupo Blue Mammoth.

O disco foi totalmente produzido no meu estúdio. Enquanto fazíamos a pré-produção arregimentamos os músicos, quando chegou a hora de gravar já tínhamos a banda montada e o repertório pronto. O processo foi muito rápido e trabalhoso, tendo o resultado em mãos vejo que valeu o esforço.

Quais as influências de cada músico para a banda?

Julian: Muitas coisas! De modo geral somos bastante receptivos, mas o denominador comum é o rock, com ênfase no progressivo e o hard rock dos anos setenta. Cesar gosta das bandas prog dos 90, aquela turma do Neal Morse e Ronnie Stolt; Thiago escuta muito Genesis, Triumvirat e Beatles; André simplesmente não consegue passar um ensaio sem falar de Deep Purple; Eu citaria o Gentle Giant no meu caso.

Blue Mammoth em ação com o baixista Julian Quelodean ao centro.
Foto: Divulgação


Como você vê a cena atual do Rock Progressivo Brasileiro?

Julian: Acho que houve alguma cena ate os anos 90 que foi dissipado com o passar do tempo (pelo menos aqui no RJ). Hoje não há uma cena de rock prog na cidade, embora conheça algumas pessoas tentando reverter o panorama.


O quê é preciso fazer para adquirir o disco do Blue Mammoth?

Julian: Em nosso site temos os pontos de venda do cd. Link: http://www.bluemammothband.com/progrock3c_BuyCD.php 

Deixe uma mensagem para o público do Blue Mammoth:

Julian: Estamos trabalhando bastante na divulgação do disco e em material novo pro segundo, acompanhe o mamute em www.bluemammothband.com  ou  www.facebook.com/bluemammothband



                             Ouça Resurrection Day do Blue Mammoth

sábado, 5 de maio de 2012

Pela Espinha Dorsal



Dorsal Atlântica de volta em 2012
Foto: Sérgio Filho
“Os alemães irão receber a guerra de aniquilação que tanto procuraram, e serão exterminados." 


A ambição no discurso de Joseph Stalin durante uma das batalhas mais sangrentas da história da humanidade, a de Stallingrado em 1941, pode ser remetida ao desejo que tantos amantes do metal brasileiro querem para o místico ano de 2012.

Depois de 22 anos separados, a formação clássica da banda carioca Dorsal Atlântica (Carlos Lopes no vocal e guitarra, Cláudio no baixo e Hardcore na bateria) se prepara pra realizar o que tantos metaleiros procuraram nestes últimos anos: A reunião de volta para o lançamento de um novo álbum do trio.

Fora das pretensões, regras e formatos de gravadoras, o Dorsal Atlântica resolveu apostar na vontade e sonho de seus fãs e arrecadar um total de R$40mil para as despesas gerais de realização de seu novo disco. Quem cooperar terá seu nome gravado no encarte. O video e link abaixo mostram o procedimento. 


Link:  http://catarse.me/pt/projects/659-novo-cd-da-banda-dorsal-atlantica#updates


                                                              Video da campanha


O blog A Costeleta conversou com o líder Carlos Lopes (ex-Vândalo):

A Costeleta: Neste início de campanha, qual foi a reação do público do Dorsal em relação à reunião do grupo em lançar um novo disco? O resultado vem te satisfazendo até o momento?

Carlos: O público da Dorsal está nos apoiando exponencialmente, as porcentagens duplicam dia a dia e até o momento a meta semanal está sendo atingida. Crowdfunding é um sistema de realização de projetos, financiado pelas pessoas, sem intermediários.  A data limite para que o apoiador invista na produção do CD é 10 de junho de 2012. Se até essa data, se o valor total não for arrecadado, o CD não será produzido. De 40 mil, um valor subfaturado, 27,5 % são do imposto de renda e 12% do site Catarse. Os valores de contribuição cobrem todas as despesas relativas à gravação e prensagem do novo CD da Dorsal Atlântica. As diversas opções de investimento estão disponíveis no site catarse.me, conforme o link acima.

Os fãs podem esperar um disco remetendo as raízes da banda ou vem por aí alguma novidade sonora musical além do tradicional?

Carlos: Se o CD existir, será um trabalho de homenagem aos fãs. Uma das músicas, que talvez feche o disco, ou seja enviada como bônus, é um hino que agradece aos fãs pelo empenho durante a campanha. Mas tudo isso só se tornará realidade se alcançarmos o valor total até o dia 10 de junho. 

A inspiração para o novo trabalho vem dos nossos primeiros LPs entre 1986 e 1990, gravados pela mesma formação que participa da campanha. As músicas estão sendo escritas há dois meses, desde que o projeto foi pensado. As letras falam sobre guerra (tema do nosso primeiro LP) e sobre questões humanas (exatamente como as letras do segundo LP).  O que deve ficar claro é que esse não é um disco saudosista, mas um trabalho que espelha o nosso passado, com a força do presente e as lições que aprendemos na vida e na estrada. 


Carlos, neste período “afastado” do metal, com seus outros trabalhos, você curtiu algo no Heavy Metal, seja no Brasil ou no exterior?

Carlos: Acompanhei profissionalmente, por assim dizer. Fui produtor e apresentador do programa Puro Metal na Rádio Venenosa FM do Rio durante alguns anos e pesquisei bastante para ter um programa dinâmico. Como jornalista musical, durante mais de uma década, quem mais me chamou a atenção foi o System Of A Down. Eu precisava de um bom tempo para respirar, para poder me recompor e conseguir olhar para o estilo sem tantas cobranças. Pense bem, se eu me cobrava para ser mais criativo, escrever melhor, ousar, obviamente eu também cobrava isso das bandas e eu não via isso. Houve um desinteresse, pois a cena prega muito pelo continuísmo e a Dorsal nunca foi uma banda que se repetisse, que pregasse a estatização do pensamento, o cerceamento da liberdade. 

Ao longo de toda a história, como você vê o tratamento dado pela mídia ao Dorsal Atlântica?

Carlos: Sempre foi excelente, tanto a mídia segmentada como a externa. Fizemos várias matérias na Rede Globo, Manchete, Jornal o Globo, Folha de São Paulo, Revista Veja, MTV, e ao mesmo tempo éramos figuras constantes em grandes revistas especializadas como a Rock Brigade e a Roadie Crew e em todos os zines de xerox. Íamos de A a Z, de Z a A.

Caso o planejamento do novo disco dê tudo certo, você estará animado para realização de novos shows?

Carlos Lopes com Joaquim de Castro.
Foto: Paulo Fernandes/A Costeleta
Carlos: Se as propostas forem bastante profissionais, pensaremos no assunto com muito carinho. Como disse algumas vezes, a campanha do novo CD teve início de fato, quando a produção do 'Metal Open Air', o mal fadado festival que não ocorreu no Maranhão e que contava com um cast de dezenas de bandas fabulosas, nos pediu que fechássemos uma das 3 noites do festival e nenhuma outra banda brasileira foi convidada para fechar uma noite. Nos disseram que a abertura para a Dorsal Atlântica, seria feita pelas bandas Exodus e Anthrax. 99% das bandas brasileiras aceitariam na hora, mas eu disse não porque não havia cachê. 

Quem mereceria mais? O Dorsal de 1985 ter participado do Rock In Rio I ou o Dorsal de 2012 no tocar no próximo Rock In Rio IV?

Carlos: Apresentar-se em festival é uma questão empresarial. Não se engane. Nós tocamos no festival Monsters of Rock em 1998 no estádio do Pacaembu com Manowar, Saxon, Glenn Hughes, Megadeth , Savatage, Slayer e Dream Theater porque duas revistas brasileiras fizeram uma campanha e arrecadaram 30 mil assinaturas de fãs pedindo que tocássemos. Graças a esse volume absurdo de fãs na época em que a internet ainda estava engatinhando, a produção do festival nos procurou e disse que estávamos dentro, sem termos que pagar, mas já que a escalação estava fechada, deveríamos tocar antes do festival começar. Foi uma aventura. Em 1985 estávamos lançando nosso primeiro vinil, Ultimatum (que está sendo relançado agora em 2012, também em vinil) e éramos carta fora do baralho. 

Houve uma enquete feita por uma grande revista brasileira, na qual fomos escolhidos pelo público, como uma das atrações mais esperadas para o Rock In Rio II. Aquela sim, seria a nossa chance, mas éramos ingênuos, não tínhamos empresários, e assim nossa chance se foi. Agora se a Dorsal tocará no próximo Rock In Rio, isso depende dos fãs fazerem a história agora pelas próprias mãos, até o dia 10 de junho e contribuírem para que o nosso CD, que de fato é o CD de todos, o CD do povo se torne realidade. Os fãs agora precisam fazer história e quebrar barreiras, acabar com o marasmo e o continuísmo.

Títulos do novo álbum do Dorsal Atlântica até o momento:
Dorsal em breve novamente em estúdio
Foto: Sérgio Filho
-Meu Filho Me Vingará 
-Stalingrado
-Operação Brother Sam 
-Jango Goulart
-Eu Minto, Tu Mentes
-Todos Mentem
-O Retrato De Dorian Gray
-Corrupto Corruptor
-Colonizado / Entreguista
-A Invasão Do Brasil
-168 Bpm
-Imortais